quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Kaká

Bom mesmo é o Kaká que, além de ser um fantástico jogador, é lindo!!!! Uma raridade no futebol brasileiro e, acima de tudo, tem caráter! É o genro dos sonhos de qualquer família!...

Nós precisamos de pessoas com o perfil do Kaká não só no futebol como na política e, principalmente no jornalismo!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Juca Kfouri - Entre o caráter e o talento

Não gosto do blábláblá de futebol.... todo mundo pensa que sabe demais e, geralmente quem se acha dono da razão é o mais babaca de todos.... acho papo de futebol no mínimo irritante... mas gosto do Kfouri. Recentemente ouvindo a CBN ouvi um comentário que ele fez sobre caráter e talento. Penso como ele sobre esse assunto. Gostei e posto aqui. Leia:

Entre o caráter e o talento
O genial João Saldanha cunhou, entre tantas frases, uma que vira e mexe é lembrada quando são feitas críticas ao caráter de algum jogador de futebol:

"Eu o quero para jogar no meu time, não para casar com minha filha".

A frase é típica dos pragmáticos, comunistas, como o saudoso Saldanha, ou não.

Hoje a situação não é diferente.

Em busca do resultado vale tudo, seja no esporte, na publicidade, na política, no jornalismo.

O jornalismo, aliás, paga alto preço pela filosofia que fez muitas cabeças mais preocupadas em buscar talentos que gente de caráter.

E jornalismo sem caráter, por mais talentoso que seja, é sem caráter e ponto.

Ou seja, não tem credibilidade.

Porque o também imortal Cláudio Abramo já ensinava que jornalismo deve ser a prática diária do caráter.

No esporte também é assim, seja em relação a técnicos, cartolas ou atletas.

Veja o caso do jogador de futsal Falcão, que acaba de ser eleito o melhor jogador do Mundial da modalidade, disputado no Brasil.

Em meio às comemorações, ele agrediu um jogador espanhol que cumprimentava um outro jogador brasileiro.

Agrediu meio pelas costas, de maneira dissimulada e foi se abrigar perto da torcida no Maracanãzinho.

As câmeras de TV não pegaram, mas o editor de Esportes do jornal Globo, Toninho Nascimento, viu, registrou e escreveu um candente texto a respeito, no qual diz que Falcão simplesmente mente ao negar que agrediu, covardemente, o espanhol.

Falcão, aliás, primeiro negou, depois admitiu em parte e acabou por se desculpar.

Parece até aquela propaganda que perguntava se o cidadão era casado e tinha filhos.

Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 21 de outubro de 2008.

http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/comentarios/jucakfouri.asp

sábado, 18 de outubro de 2008

O medo causado pela inteligência

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:
- "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um
pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da Inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência."

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.

Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um(a) talentoso(a) jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas... Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.
Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues...
"Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra, mas cuidado com aquele que finge não ser um idiota...".

Aiai. Pura e triste realidade!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Acho que sou um cachorro sim...

Cachorrim...

Acho que sou um cachorro sim
Acho que sou um cachorrim
Minha vida vai
Um ano contam sete
Rumo ao fim
Acho que ninguém tem dó de mim
Quase não me sobra tempo algum
Não conheço bem lugar nenhum
Fora do trabalho
Eu acho essa cidade
Tão ruim
Acho que ninguém tem dó de mim
Todo dia nasce um bebê
Pra dividir a vida com você
Todos os dias vão nascer
Bebês com meia vida pra viver
Todos os dias vão nascer
Ié ié ié!
Sou tão dedicado a ser comum
Anos vão passando um a um
E o tempo pela frente
Comigo é diferente
Conto assim:
Sete, catorze, vinte e um

É assim....


Pouco saber ensoberbece.

Muito saber quebranta.

Quem pouco sabe sempre pensa que muito sabe.

Quem muito sabe logo sabe que nada sabe.

O Silêncio...

O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.

E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim,você entende a mensagem.