domingo, 10 de junho de 2007

Que dia vai ser amanhã?!

Sempre acordei e acordo muito cedo. As vezes, quando acordo no meio da madrugada e ainda é muito cedo, me permito ver um filme ou outro. Como nem sempre acordo em horário programado, o filme as vezes já começou. Outras vezes, até assisto ao começo do filme mas, durmo novamente antes de ele terminar.

Esta madrugada assisti um pedacinho de um filme que eu não sei o nome, sei apenas que falava dos conflitos da pré adolecencia (entre oite e onze anos). Um menininho lindo, com luz própria, cheio de charme e conflitos sobre as questões da vida. Outro, um menino grande fisicamente, meio desengonçado, sem luz nenhuma, meio fofinho e, profundamente solitário. Esse último garoto, precisava tanto de um amigo que chamou o primeiro garoto pra jogar futebol com ele, e o garoto com luz própria respondeu: "hoje não, amanhã." Só que este amanhã nunca chegava. Vários dias depois, o garoto solitário vira para o garoto com charme e luz própria e pergunta: "Que dia vai ser amanhã?"
Foi uma cena tão simples, talvez o diretor tivesse pensado que todos ririam, soaria até engraçado. Mas, para mim, foi um soco no estômago. Me perguntei: para quantos amigos eu assegurei: "hoje, não; amanhã." Eu talvez tenha esquecido, mas, para quem recebeu a promessa, há sempre a esperança de que hoje seja "amanhã".
Esta não é a melhor forma, mas, se eu prometi a você: "amanhã te ligo, amanhã a gente sai juntos, amanhã te visitarei em sua casa, amanhã te ajudarei a terminar aquele trabalho, olharei aquela questão, irei ao cinema com você, te ajudarei a escolher aquela roupa, lerei aquele e-mail, etc, me perdoe. Fui relapsa, mas, confesso, estou procurando checar cada promessa remetida para amanhã."
Não estranhe se ainda hoje, receber um alô meu, um sorriso... As vezes, a gente acorda. Quem teve os olhos abertos e não se propõe a enxergar, não faz juz a oportunidade que a vida lhe deu.

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